A Rita anda à procura do esquilo vermelho
É um projecto do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro
20/04/2014
Há vários séculos atrás era um animal comum das florestas portuguesas. Mas o sonho do Infante D. Henrique de dar novos mundos ao mundo arrasou boa parte da floresta portuguesa e deixou o esquilo-vermelho a ver navios - diz a Universidade de Aveiro.
Sem habitat, desapareceu do país durante centenas de anos até que, durante a década de 80, a população da Galiza cresceu e muitos esquilos passaram a fronteira rumo ao Minho. Por onde andarão hoje? Que hábitos têm? Estarão em expansão? Atrás das respostas está Rita Gomes Rocha, a bióloga da Universidade de Aveiro (UA) que criou o projeto Esquilo Vermelho em Portugal.
Sem habitat, desapareceu do país durante centenas de anos até que, durante a década de 80, a população da Galiza cresceu e muitos esquilos passaram a fronteira rumo ao Minho. Por onde andarão hoje? Que hábitos têm? Estarão em expansão? Atrás das respostas está Rita Gomes Rocha, a bióloga da Universidade de Aveiro (UA) que criou o projeto Esquilo Vermelho em Portugal.
“O projecto tem como objectivo primordial perceber a expansão do esquilo vermelho no território nacional, quais os factores que influenciam essa expansão e os seus padrões de comportamento”, explica Rita Gomes Rocha.
m desenvolvimento na Unidade de Vida Selvagem do Departamento de Biologia da UA, o Esquilo Vermelho em Portugal quer ainda fazer a caracterização genética da espécie para que, no conjunto final dos resultados, se perceba qual o futuro do esquilo em Portugal e se a sua expansão irá continuar ou, pelo contrário, reverter-se.
O primeiro passo do estudo de Rita Gomes Rocha, um trabalho que está a ser efcetuado no âmbito do curso de pós-doutoramento que frequenta na UA, “é fazer o levantamento de dados com a ajuda de todos”. Na impossibilidade de estar permanentemente presente nas áreas florestais de Norte a Sul do país, a bióloga agradece o contributo de todos quantos avistarem esquilos ou indícios da sua presença enviando os registos através de um inquérito online ou da página de Facebook do projecto.
E para que não haja dúvidas quando vir algum, a bióloga descreve o animal da sua paixão: “O esquilo é um simpático roedor com uma cauda bastante felpuda e que pode ser avistado nas florestas portuguesas, principalmente na copa das árvores. Apesar do seu nome esquilo vermelho a sua coloração varia bastante, desde acastanhada a totalmente preta, por isso, é normal haver alguma confusão quando se fala em esquilo vermelho”.
Relatar pinhas roídas também ajuda
Mas nem só avistamentos de esquilos pede a bióloga para serem relatados. “No chão das florestas também se observam pinhas roídas, que são indícios de presença desta espécie”, diz.
Por isso também pode dar conta à investigadora de “pinhas roídas pelo esquilo que têm um padrão peculiar, pois os animais deixam as escamas do topo que formam um pequeno tufo, e são bastante fáceis de reconhecer no chão das florestas”.
Infelizmente, e porque esta espécie é afectada pela rede rodoviária,“também se pode testemunhar os animais mortos encontrados nas estradas”.
Os trabalhos que existem até ao momento sobre o esquilo vermelho em Portugal documentam a sua extinção no século XVI e apontam como causas prováveis a intensa destruição das florestas devido à agricultura e à construção naval que decorreu naquele século.
“Isso levou a uma destruição e fragmentação do habitat do esquilo o que originou o declínio das populações e consequente extinção desta espécie em território português”, explica Rita Gomes Rocha.
Já durante a década de 80 do último século, o esquilo vermelho expandiu-se da Galiza, em Espanha, para o norte de Portugal.
A expansão posterior, aponta a bióloga da UA, foi bastante rápida, sendo que em 2000 o esquilo já se encontrava distribuído por todo o norte do país até ao Rio Douro.
“Actualmente, já existem registos até quase ao Rio Tejo, mas não se sabe exactamente até onde é que esta espécie ocorre”, diz.
O primeiro passo do estudo de Rita Gomes Rocha, um trabalho que está a ser efcetuado no âmbito do curso de pós-doutoramento que frequenta na UA, “é fazer o levantamento de dados com a ajuda de todos”. Na impossibilidade de estar permanentemente presente nas áreas florestais de Norte a Sul do país, a bióloga agradece o contributo de todos quantos avistarem esquilos ou indícios da sua presença enviando os registos através de um inquérito online ou da página de Facebook do projecto.
E para que não haja dúvidas quando vir algum, a bióloga descreve o animal da sua paixão: “O esquilo é um simpático roedor com uma cauda bastante felpuda e que pode ser avistado nas florestas portuguesas, principalmente na copa das árvores. Apesar do seu nome esquilo vermelho a sua coloração varia bastante, desde acastanhada a totalmente preta, por isso, é normal haver alguma confusão quando se fala em esquilo vermelho”.
Relatar pinhas roídas também ajuda
Mas nem só avistamentos de esquilos pede a bióloga para serem relatados. “No chão das florestas também se observam pinhas roídas, que são indícios de presença desta espécie”, diz.
Por isso também pode dar conta à investigadora de “pinhas roídas pelo esquilo que têm um padrão peculiar, pois os animais deixam as escamas do topo que formam um pequeno tufo, e são bastante fáceis de reconhecer no chão das florestas”.
Infelizmente, e porque esta espécie é afectada pela rede rodoviária,“também se pode testemunhar os animais mortos encontrados nas estradas”.
Os trabalhos que existem até ao momento sobre o esquilo vermelho em Portugal documentam a sua extinção no século XVI e apontam como causas prováveis a intensa destruição das florestas devido à agricultura e à construção naval que decorreu naquele século.
“Isso levou a uma destruição e fragmentação do habitat do esquilo o que originou o declínio das populações e consequente extinção desta espécie em território português”, explica Rita Gomes Rocha.
Já durante a década de 80 do último século, o esquilo vermelho expandiu-se da Galiza, em Espanha, para o norte de Portugal.
A expansão posterior, aponta a bióloga da UA, foi bastante rápida, sendo que em 2000 o esquilo já se encontrava distribuído por todo o norte do país até ao Rio Douro.
“Actualmente, já existem registos até quase ao Rio Tejo, mas não se sabe exactamente até onde é que esta espécie ocorre”, diz.
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